terça-feira, 12 de outubro de 2010

CINEMA PARAÍSO

      

   




   A PAIXÃO DO CINEMA
     
      Realizado em 1988 por Giuseppe Tornatore, esta obra foi merecedora do Prémio da Crítica em Cannes no ano de 1989 e do Óscar para Melhor Filme Estrangeiro, em 1990; verdadeira homenagem ao cinema e a todos quantos vivem de modo especial a sua magia, o filme é ainda um hino à vida e à amizade.
     
      Quando o realizador Salvatore (Jaques Perrin) recebe em Roma a notícia da morte de Alfredo (Philippe Noiret), o velho projeccionista que o ensinou a amar o cinema, vai recordar a sua infância numa pequena cidade da Sicília. Vivida numa época do pós-guerra marcada pela fome e pela pobreza, era o cinema quem transmitia a ilusão da vida aos locais. Poético e nostálgico porque segue as memórias mais profundas de alguém, pelo filme e através da tela do velho e depois renovado Cinema Paraíso passam vultos do cinema de sempre como Renoir, John Wayne, Chaplin e, entre muitas outras, obras como “O Médico e o Monstro” (1941), de Victor Fleming, e “A Terra Treme”(1948), de Luchino Visconti. Também as questões políticas, sociais e o impacto da guerra no povo italiano não são esquecidos pela afectuosa realização de Tornatore.
     
      Uma cena absolutamente inolvidável depara-se ao espectador já próximo do final da fita. É quando Salvatore, numa sala de projecção em Roma e chegado recentemente do funeral do seu grande amigo de infância, observa emocionado o que Alfredo lhe prometera dar muitos anos antes: as cenas que cortara da película original dos filmes obrigado pela censura de então. Nessa sequência forte emocionalmente, arrasadora, brilhante, encontram-se alguns dos mais famosos beijos do cinema. E se “Cinema Paraíso” não é o melhor filme do mundo é certamente um dos mais belos e tocantes de sempre. Obrigatório, indispensável, fundamental.

2 comentários:

CLÁUDIA disse...

Um dos filmes da minha vida. Sem a mais pequena dúvida.
Poesia em forma de filme...

JL disse...

A magia do cinema, o valor da amizade, a emoção à flor da pele.

Um beijo, Cláudia.