Agarrados à Cadeira na Sala Escura do Cinema
Há tempos a revista Actual, do Expresso, apresentou-nos um interessante trabalho sobre o horror no cinema. Que é como quem diz, sobre os filmes de terror. Confesso que não considero este como um género menor do cinema tal como se escreve no texto da publicação, mas, neste caso particular dos filmes de terror, as minhas exigências enquanto espectador são muito mais elevadas que noutros géneros mais populares, mais próximos de nós, do nosso quotidiano. Isto porque é imperioso que sinta um vislumbre de veracidade na história que se desenvolve na fita muito para além dos aspectos conceptuais da realização. Estes que podem ir desde a excelência dos dècors – que são, claro, essenciais no género cinematográfico – ou da perfeição na caracterização dos actores – também um aspecto fundamental para o sucesso de um filme de terror. Significa isto que um filme de terror que alcance uma consistência dramática capaz de libertar a porção correcta na mistura de tensão e medo no espectador, possui desde logo duas características fundamentais para se tornar num bom filme do género. Mas estas duas não sobrevivem sem uma outra especificidade: a capacidade de atingir uma dimensão de verosimilhança com a realidade ou do que pode estar para além dela. Claro que a tudo isto o meu amigo António Pascoalinho – um dos maiores se não o maior especialista de filmes do género em Portugal – responderia com um enorme bocejo. Mas, reconheço, até pelo que foi dito atrás, estou a quilómetros do seu gozo especial em 'molhar a sopa' nos jorros de sangue que fazem as delícias dos grandes fanáticos do género em que outro amigo, o Filipe Lopes, também se inclui.
Com honrosas excepções, quase todos eles fazem parte da lista que o Expresso disponibiliza no referido trabalho. Mas eis a minha relação de melhores filmes de terror da história do cinema. Fora desta lista ficam sequelas e personagens míticas como o Conde Dracula, Frankenstein, Freddy Krueger (Pesadelo em Elm Street), Jason Vorhees (Sexta-feira 13), Allien e outros. Por outro lado, dada a sua dimensão trágica e humanista numa figura inumana, Nosferatu (1922), de Murnau, ocupa um lugar de destaque numa listagem restringida aos melhores. Na minha modesta opinião, claro.
Há tempos a revista Actual, do Expresso, apresentou-nos um interessante trabalho sobre o horror no cinema. Que é como quem diz, sobre os filmes de terror. Confesso que não considero este como um género menor do cinema tal como se escreve no texto da publicação, mas, neste caso particular dos filmes de terror, as minhas exigências enquanto espectador são muito mais elevadas que noutros géneros mais populares, mais próximos de nós, do nosso quotidiano. Isto porque é imperioso que sinta um vislumbre de veracidade na história que se desenvolve na fita muito para além dos aspectos conceptuais da realização. Estes que podem ir desde a excelência dos dècors – que são, claro, essenciais no género cinematográfico – ou da perfeição na caracterização dos actores – também um aspecto fundamental para o sucesso de um filme de terror. Significa isto que um filme de terror que alcance uma consistência dramática capaz de libertar a porção correcta na mistura de tensão e medo no espectador, possui desde logo duas características fundamentais para se tornar num bom filme do género. Mas estas duas não sobrevivem sem uma outra especificidade: a capacidade de atingir uma dimensão de verosimilhança com a realidade ou do que pode estar para além dela. Claro que a tudo isto o meu amigo António Pascoalinho – um dos maiores se não o maior especialista de filmes do género em Portugal – responderia com um enorme bocejo. Mas, reconheço, até pelo que foi dito atrás, estou a quilómetros do seu gozo especial em 'molhar a sopa' nos jorros de sangue que fazem as delícias dos grandes fanáticos do género em que outro amigo, o Filipe Lopes, também se inclui.
Com honrosas excepções, quase todos eles fazem parte da lista que o Expresso disponibiliza no referido trabalho. Mas eis a minha relação de melhores filmes de terror da história do cinema. Fora desta lista ficam sequelas e personagens míticas como o Conde Dracula, Frankenstein, Freddy Krueger (Pesadelo em Elm Street), Jason Vorhees (Sexta-feira 13), Allien e outros. Por outro lado, dada a sua dimensão trágica e humanista numa figura inumana, Nosferatu (1922), de Murnau, ocupa um lugar de destaque numa listagem restringida aos melhores. Na minha modesta opinião, claro.
3 - [The Birds (1963), de Alfred Hitchcock - Tese de doutoramento do mestre do 'suspense']
4 - [The Exorcist (1973), de William Friedkin - Possuída pelo demónio]
5 - [ The Fly (1986), de David Cronenberg - Apanhado nas teias do seu próprio desejo de evolução científica]
7 - [Halloween (1978), de John Carpenter - Guiados no medo pelos olhos do impiedoso assassino]
8 - [Night of Living Dead (1968), de Georges A. Romero - A morte saiu à rua (numa noite assim)]
10 - [Jaws (1975), de Steven Spielberg - Medo e perturbação]
6 comentários:
Uma lista assustadora :)
Nospheratu foi o único que ainda não vi.
:)
Já vi todos os que constam nesta lista e acho-os todos extremamente fortes e bem conseguidos.
No entanto, o que sempre me perturbou mais e, ainda hoje, mexe comigo é "O Exorcista". Há cenas que me perturbam só pela lembrança. Nem preciso de as ver... E a excelente banda sonora ajuda e muito a "perturbar"... ;)
Jamais quis assustar-te com a minha lista, Gábi. :)
É um clássico, Carlota. Em tempos, «Nospheratu» mereceu uma reposição em cinema no normal circuito comercial de salas. Pena que te tenha escapado. :)
«O Exorcista» é um filme bastante perturbador, Cláudia, concordo. Alguns elementos do 'cast' precisaram mesmo de apoio psicológico no final das filmagens.
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