No filme «London Boulevard – Crime e Redenção», Danny, um bandido de 5ª escala dos subúrbios londrinos numa personagem corporizada pelo actor Stephen Graham, está num pub abraçado a uma prostituta e pergunta-lhe se esta se interessa por música e pelos Beatles em particular. Perante a resposta afirmativa da mulher, Danny faz o mais normal nestes ambientes, suponho, e mente-lhe afirmando ser sobrinho de John Lennon. O pormenor fez recordar-me há uns anos atrás na cerimónia de lançamento de um livro quando, apresentado a uma fervorosa adepta de tudo o que é movimento cívico, resolvi brincar no intuito de quebrar o gelo dizendo-me colaborador da AMI o que, de facto, não era nem nunca fui e de imediato esclareci. O que eu estava longe de imaginar na altura é que o próprio criador desta meritória associação anos mais tarde se iria usar do seu feito, sem qualquer pudor, para obter privilégios pessoais e políticos num acto que se não roça a imoralidade certamente destrói todo um prestígio que levou anos a criar.
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