segunda-feira, 23 de abril de 2012

assim assim





Do tudo e do nada

Onde começa e onde acaba «assim assim»? No ser-humano e nas relações, dir-se-ia. Mas não. De facto, num filme que começou por ser uma curta-metragem parece-me que para sua própria elevação por lá devia ter ficado. Sem um fio condutor que ligue o mosaico de histórias [?] que por lá se cruzam, sem sabermos de onde vêm e para onde se dirigem as personagens e o que as motiva, com conversas longas e maçadoras que destilam uma ideia estereotipada e simplista das ligações amorosas e das pessoas, «assim assim» é ainda um filme confuso que quer chegar a todo o lado mas acaba por não chegar a lado algum. Ficam a boa prestação de alguns membros do elenco [a curta aparição de Rita Blanco, por exemplo, mesmo que também eles andem meio perdidos entre bilhetes postais na noite lisboeta] e a falhada boa intenção do realizador Sérgio Graciano de fazer um filme de pessoas para as pessoas, ou seja, para o público em geral. Mas soube a pouco, muito pouco, quase nada.

«assim assim», de Sérgio Graciano



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