domingo, 4 de dezembro de 2011

A melancolia tem um rosto

[Foto do site 'Touch me, Touch me']





E é feminino. Passeava-se esta tarde na Fnac do Chiado, trazia numa das mãos um filme de Clint Eastwood e na outra segurava o Samsung Galaxy SII negro encostado à orelha esquerda enquanto falava ao telemóvel. Depois desligou o aparelho e, provocada pela minha curiosidade, olhou-me nos olhos, baixou o olhar, deu meia-volta e dirigiu-se para a zona das caixas. Não tive mais notícias dela.





2 comentários:

Anfitrite disse...

O rosto é feminino porque a palavra é um substantivo feminino, ou será pelo galaxy, já que os filmes do Clint costumam ter várias emoções fortes, mas muito variadas?!

A propósito, ontem fui ver "Um Método Perigoso". Infelizmente, num filme daqueles, tive o azar de ter atrás de mim uma manjedoura, do tamanho de uma fila, onde várias bestas ruminaram pipocas durante todo o filme. Realmente o filme é soberbo. Só o Otto vale o filme. Fiquei a pensar se ele teria sido feliz com a morte que teve, apesar de ter uma vida intensamente vivida. Gostei mais do Yung do que do Freud, enquanto a Sabina era muito pouco natural nos seus acessos de "loucura". A fotografia é linda, mas como toda a gente se levantou, fiquei sem saber, se o rio seria o Danúbio, ou um dos lagos de Ontário, ou por ali perto.

E não é que às tantas da noite dei por mim a chorar, não por ter um pai que me batesse, mas por ter tido um pai ausente:(.

JL disse...

Ou talvez pela melancolia, Anfitrite, pense melhor. :)

Quanto ao filme, pena as pipocas. Pelo que posso perceber nem sequer foi convidada a juntar-se à ceia. Já no restante, concordamos. Até no impagável Dr. Otto que fez da sua própria receita conduta para a vida.

Bons filmes! :)