Eyes Wide Shut
O Dr.Bill [Tom Cruise] segue incapaz de se deter na sua ânsia de transgressão. Acaba num enorme e sumptuoso palacete onde decorre uma cerimónia profana e os sacerdotes se mascaram procurando, talvez, esconder a sua vergonha. Tentam-se sensações limite quando tudo já não basta. Belas mulheres ostentando corpos causadores de desejo profundo deambulam pelas salas num passo irrepreensivelmente elegante. Vem-nos à memória a "Vénus" de Botticelli. Nas cenas de orgia imaginamos um ritmado bailado clássico. A música divide-nos entre uma ópera clássica ou música de câmara de inspiração céltica. Tudo se assemelha a um grandioso espectáculo erudito e a senha que o Dr.Bill é obrigado a fornecer à segurança remete-nos para isso mesmo. Através de Fidelio, a única ópera composta por Beethoven.
Momentos de fulgor do mestre a que nos apetece simplesmente agradecer. Não apenas pelo desfilar de lindíssimas mulheres ou pelo rigor da encenação, mas sobretudo pelo excelente e inolvidável momento de cinema.
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