[Jackson Pollock, o próprio]
Demasiado humanos?
Hoje enquanto revia «Pollock» na Fox Movies não pude evitar a mesma sensação que me invadiu à data de estreia do filme. A de que muitos dos artistas que encontramos através da sua arte se perderam eles mesmos na vida. É assim como se ela, a sua vida, a vida deles, não passasse de um conjunto de circunstâncias infelizes que resultaram numa conjugação feliz. Feliz para nós que desfrutamos da ideia que tinham de um mundo que à sua época nunca os soube compreender. E quanto mais inquieta e trágica tenha sido a vida do artista, mais seduzidos ficamos pela sua obra. O que me leva a uma conclusão que de facto é óbvia: a de que todos nós somos em certa medida problemáticos numa característica inerente à condição humana. Eles, os artistas, apenas tiveram a coragem de procurar viver uma liberdade que muitos nem sonham existir.
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