quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Castelos de cartas






Dizer que o cinema é o retrato fiel da vida, no caso desta crise económica mundial não passa de um lugar-comum mais gasto que o saldo dos cartões de crédito da generalidade dos portugueses. E quando o especulador Gordon Gekko, no filme «Wall Street», apresentava cada novo negócio como mais vantajoso que o anterior, se deslocava de limusina para as salas de reuniões de escritórios onde reinava a opulência, se usava de truques baixos e, de ego inchado, se ria das suas conquistas e se declarava a si mesmo um vencedor, ninguém deu importância à suspeita de que a maioria se regia pela mesma bitola no topo do mundo. E nós, meros peões neste jogo de artimanhas e enganos, cá em baixo. Provincianos, somos uns provincianos.

4 comentários:

Anfitrite disse...

Peão?! Quem se abastece, todos os dias, na zona de serviço de Oeiras, não pode ser peão! E sendo muito rotineiro, lamento dizê-lo, mas não vai chegar ao topo. Nem mesmo emprestando o Apartamento. Eu preferia ser jogada na roleta, por um bilião de dólares. Cruzes,credo!:)

JL disse...

Não percebi nada do que disse, Anfitrite. Mas gostei muito. :)

Anfitrite disse...

Adorei a sua simpatia. É que eu adoro pôr as pessoas a pensarem. Por isso sou enviesada a falar e não só. Não estou a falar de xadrez. Estou a falar dos peões que andam a pé. Além disso tinha escrito mais(talvez isso o tivesse ajudado), mas apaguei. Mas não acredito que não tenha visto "O Apartamento" com o Jack Lemmon e a Shirley Mac Laine. A "Proposta Indecente" era menos apelativo para um amante de cinema, mas nem só de dinheiro vive o homem, embora o problema fosse esse.
Espero ter sido concisa e precisa.:)

JL disse...

Anfitrite, que se passa? Iria jurar que o seu sentido de humor já teve melhores dias. Até me sinto culpado por uma simples brincadeira a ter enviado para o xadrez. :)