segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Culpa








Tem dias em que me sinto uma personagem de um livro de Dostoievski. Se repararmos bem quase todas as suas personagens vivem cravejadas de defeitos. Entre outras inenarráveis categorias, ora são bêbados relaxados, malvados compulsivos ou deploráveis sovinas. Enfim, malandragem sem emenda. Está certo que bebo álcool muito esporadicamente e quase sempre com moderação, que procuro ser correcto com os outros e tenho uma péssima relação com o dinheiro já que nunca é de longa duração. Mas tal como as personagens do escritor russo, cuja humanidade leva à expiação voluntária dos seus pecados, sempre que algo de errado acontece entre mim e outra pessoa tenho a invariável tendência de achar que eu é que fiz algo de mal.



1 comentário:

Sílvia Barros disse...

Gostei principalmente da parte em que dizes ter uma péssima relação com o dinheiro por nunca ser de longa duração! lololol
Como concordo contigo JL...tb tenho essa tendência e é tão má, corroi-me toda! O que eu não dava para hoje sentir-me feliz...