
«O Monte dos Vendavais» foi escrito pela britânica Emily Brontë em 1847 e levado ao cinema por Peter Kosminsky em 1992, como é sabido. A obra relata o conflito de duas gerações das famílias Earnshaw e Linton e o amor avassalador, trágico, entre as personagens Heathcliff (interpretado de forma soberba por Ralph Fiennes no cinema) e Catherinne (uma fascinante Juliette Binoche no filme). Embora levado ao extremo em termos de dramatismo, trata-se de um retrato fiel da vida, de uma aventura arrebatadora, entusiasmante e profundamente reveladora da complexidade do ser humano. As angústias e os medos das personagens são explorados de uma forma perfeita causando no leitor/espectador um efeito tão apaixonante como o ardor que corrói interiormente os dois amantes. E neste âmbito, Heathcliff contribui de forma decisiva para o carácter emocionalmente opressivo de toda a obra. O amor, o ódio e o medo misturados fazem de si alguém que atemoriza mas ao mesmo tempo lança instintivamente um irresistível poder de sedução sobre as mulheres. Um romance clássico e um filme intemporais a pedirem nova leitura e mais um visionamento.
6 comentários:
Um dos meus livros favoritos e um dos casos em que por ter lido primeiro o livro não gostei do filme (ficou muito aquém de como o imaginei)
Quando leio primeiro o livro, muito raramente gosto depois do filme. Lembrei-me agora que uma excepção foi O Amante. Gostei do livro e gostei depois do filme (não me lembro de quem era o realizador).
Se por acaso já escreveste sobre este filme gostaria de ler.
um beijinho
Gábi
Um filme excepcional!
Um livro a descobrir.
Beijo
Nunca escrevi sobre esse filme, Gábi. :(
Mas suponho saber a que amante te referes. Ao criado por Marguerite Duras e levado ao cinema por Jean-Jacques Annaud. Um excelente livro e um filme de um estranho fascínio.
Beijinho.
E então que tal escreveres sobre ele?
:)
Terei que o rever, Gábi. :)
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