segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O nosso mundo

[Foto de Bill Brandt]



A crise financeira deitou a economia no divã e esta teima em não sair do coma profundo em que mergulhou. A depressão atingiu primeiramente a América mas rapidamente se alastrou pelo mundo fora e Portugal, como pátria do fado, não escapou à triste sina. Os bancos, habituados a pagar fortunas vergonhosas aos seus altos quadros e, numa ironia cruel, a viverem acima das suas possibilidades, deixaram de ter dinheiro para fomentar as linhas de crédito com que engenhosamente as empresas iam mascarando os problemas de anos e anos de péssimas gestões. Os discursos endureceram, gerou-se o medo e antes de debelar a recessão económica o mundo vai ter que curar a fraqueza psicológica de que padece e que o impede de reagir. E às vezes é preciso tão pouco para encontrar uma saída para a clausura onde nos encontramos. Eu sei que é duro dizê-lo, lê-lo, até pensá-lo, mas enquanto não é dado o passo para que esse pouco se concretize os sentimentos que mais transparecem são de amargura, decepção, incompetência e muita incerteza. E o mundo ameaça tornar-se num lugar triste para se viver.

 
Feliz 2011.


4 comentários:

redonda disse...

No blogue Crónicas do Rochedo, aqui:
http://cronicasdorochedo.blogspot.com/2011/01/yes-we-can.html
podemos encontrar uma perspectiva um pouco mais animadora...
Feliz 2011! (espero)


beijinho


Gábi

JL disse...

Obrigado, Gábi. :)

Beijinho e... feliz 2011!

Maria disse...

Se o mundo assim se tornar, é imperativo que o animemos.

beijinho de bom ano

JL disse...

E para isso contamos contigo, Maria. :)

Beijinho e bom ano.