«Os meus olhos é que perderam nos teus a única luz que os animava.»
Soror Mariana Alcoforado
Não raras são as vezes em que as grandes paixões permanecem eternas, afundadas na tristeza pela privação do outro, serenadas pelo lento passar do tempo que leva à triste resignação da perda. Soror Mariana Alcoforado, nascida e falecida em Beja nos anos de 1640 e 1723, foi uma dessas infelizes protagonistas de um amor maior que a vida. Apaixonada pelo fidalgo francês Noël Bouton (1636 – 1715), na altura em Portugal ao serviço da Cavalaria Francesa no reinado de Luís XIV, por essa paixão ardente a freira portuguesa quebrou o voto de castidade e propôs-se acompanhar o oficial até ao seu país de origem, não encontrando no entanto reciprocidade nesse desejo por parte do seu amado.
Famosa por escrever 7 fabulosas cartas que deram origem a livros e que pela sua beleza estética e fabulosa componente literária inspiraram poetas, escritores, pintores e outros artistas, decorreu em tempos no Real Mosteiro da Nossa Senhora da Conceição, em Beja, uma exposição que homenageava a religiosa portuguesa, que foi escrivã e vigária do templo, com a reprodução de litografias de Henri Matisse e de documentos originais que retratam a sua muito inflamada paixão que em tempo curto descambaria em saudade e dor. Deixo aqui ficar, com este texto, a minha singela homenagem a uma mulher que morreu não deixando que o seu amor alguma vez morresse em si.
Soror Mariana Alcoforado
Não raras são as vezes em que as grandes paixões permanecem eternas, afundadas na tristeza pela privação do outro, serenadas pelo lento passar do tempo que leva à triste resignação da perda. Soror Mariana Alcoforado, nascida e falecida em Beja nos anos de 1640 e 1723, foi uma dessas infelizes protagonistas de um amor maior que a vida. Apaixonada pelo fidalgo francês Noël Bouton (1636 – 1715), na altura em Portugal ao serviço da Cavalaria Francesa no reinado de Luís XIV, por essa paixão ardente a freira portuguesa quebrou o voto de castidade e propôs-se acompanhar o oficial até ao seu país de origem, não encontrando no entanto reciprocidade nesse desejo por parte do seu amado.
Famosa por escrever 7 fabulosas cartas que deram origem a livros e que pela sua beleza estética e fabulosa componente literária inspiraram poetas, escritores, pintores e outros artistas, decorreu em tempos no Real Mosteiro da Nossa Senhora da Conceição, em Beja, uma exposição que homenageava a religiosa portuguesa, que foi escrivã e vigária do templo, com a reprodução de litografias de Henri Matisse e de documentos originais que retratam a sua muito inflamada paixão que em tempo curto descambaria em saudade e dor. Deixo aqui ficar, com este texto, a minha singela homenagem a uma mulher que morreu não deixando que o seu amor alguma vez morresse em si.
1 comentário:
São das cartas de amor mais comoventes que existem e que não são ridículas...
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