segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Crónicas de amor e ódio


[A modelo fotográfico Iga A. - Gosto de a ver trabalhar]



Tenho pouco tempo para me deixar ficar em puro estado de indolência. Estes raros mas muito agradáveis momentos de inércia normalmente dão-se entre as onze, onze e picos da noite e prolongam-se até por volta da uma, uma e trinta da manhã. Mantenho convicta e orgulhosamente a televisão desligada a não ser que a modelo fotográfico Iga A. se apresente ao serviço num qualquer desses canais por cabo. Por via disso, é nas páginas da Internet que a minha vigilância se vai perdendo numa sonolência que me leva à cama e ao dia seguinte num upgrade de força e motivação que me faz encarar a vida com um renovado sorriso de esperança na espécie humana, na preservação da flora, na pujante vida animal, num Benfica novamente dominador ou até em ti mulher bonita que me lês algures em Mountain View, Califórnia, e inundas os gráficos do ‘Sitemeter’ aqui da casa. E nas várias leituras que faço, choca-me como alguns homens e mulheres, sobretudo elas, se entretêm a destruir a gloriosa memória de amores que se desvaneceram mas que num tempo definido das suas vidas os fizeram rejubilar, sonhar, viver. O amor não o merece por muito que as pessoas mudem. E um dia haverá em que todos iremos olhar para os dias então longínquos em que viajámos nos braços da paixão para constatarmos que valeu a pena. E é bom que celebremos a alegria mesmo que agora, como eu dizia, se perceba que para alguns a tristeza ande tão próxima da raiva.

Sem comentários: