domingo, 31 de outubro de 2010

Margarida Rebelo Pinto, Dois





No mesmo espaço de opinião no Sol, Margarida Rebelo Pinto declara que “quando chega a hora de esquecer alguém, o melhor é blindar o coração e matar o tempo para que cada dia passe depressa, até àquela manhã perfeita em que em vez de acordarmos com a pedra de angústia encostada à garganta, partilhamos a companhia do som da chuva ou um olhar novo de quem nos quer bem”. Totalmente de acordo, sobretudo na muito poética parte em que fala da pedra da angústia e do som da chuva. No entanto, permito-me acrescentar a estes tópicos uma boa garrafa de vinho, a barba por fazer e o cabelo em desalinho. Isto não só porque estas coisas da agonia têm que ser levadas muito a sério e com estilo mas também porque, tornando a perda num calvário, estamos a valorizar a nossa paixão. E depois quem disse que beber sozinho não é um passatempo agradável?






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