domingo, 31 de outubro de 2010

A Passagem do Tempo – Giovana Mezzogiorno

Giovana Mezzogiorno em «A Janela em Frente», 2003

Depois de ter assistido a «O Amor nos Tempos de Cólera» e ter ficado desolado com a interpretação da actriz italiana Giovana Mezzogiorno, estive a reler algumas críticas minhas a filmes protagonizados pela actriz. E que saudades senti, dadas as diferenças encontradas.



Apenas 5 anos atrás, em 2003, a propósito do flme «A Janela em Frente» reparo como enalteci a beleza tão próxima de nós, nunca distante, da mulher. Para mim, à altura, e explicando melhor as minhas palavras, Giovanna Mezzogiorno apresentava-se na tela grande do cinema como uma mulher de uma beleza perfeitamente natural, nada etérea e quimérica, mas daquelas mulheres com quem deparamos na rua e cujo simples olhar tem o condão de nos melhorar o dia. O mesmo sucedera com «O Último Beijo», filme de 2001.



Em «O Amor nos Tempos de Cólera», Giovana está longe deste retrato sonhado. Fria, distante, seca, sem o encanto capaz de tornar credível o amor daquele homem ou sequer de transportar para o espectador o arrebatamento que faz do cinema essa arte ímpar, deslumbrante. E as culpas, neste caso, não incidem unicamente sobre a direcção de actores ou sobre a caracterização. O olhar, a expressão do rosto, provam-nos que não. Condene-se apenas o trabalho de casting do filme, talvez Giovana Mezzogiorno não tivesse as características necessárias para o papel.
Uma pena.

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