domingo, 31 de outubro de 2010

Nós Controlamos a Noite

[Eva Mendes, estrela cintilante de «We Own the Night»]




Drama, Paixão, Morte, Vida – Nova Iorque, NIPD

«Nós Controlamos a Noite» inicia-se de modo cativante com uma cena de desejo e paixão entre um homem e uma mulher. Ela, Eva Mendes, bela, sedutora, disponível, encontra-se estendida num sofá, ele, Joaquin Phoenix, olha-a rendido aos seus encantos, debruça-se sobre o seu corpo fascinante, beija-a na boca, no seio, acaricia-a nas pernas, entre as pernas.



O filme, realizado por James Gray (que também escreveu o argumento) recupera para a tela grande do cinema a velha história da família que se perpetua ao serviço da polícia. Os seus fantasmas, os sonhos, desentendimentos e apelos naturais. O cosmopolita cenário nova-iorquino das épicas discotecas e dos homens e mulheres em busca de adrenalina e chama de vida dá lugar à luta entre o braço da lei e os reis do tráfico de droga nos dias que correm oriundos do leste europeu.



Agora que Joaquin Phoenix anunciou a sua retirada do mundo do cinema para se dedicar à música (o desempenho fabuloso que conseguiu ao interpretar Johnny Cash deve ter-lhe dado ideias) deve realçar-se as suas capacidades dramáticas que pese as diferenças físicas e de época mas que pelas expressões de dor interior e revoltada resignação chegam a lembrar o desencantamento existencial de James Dean. E neste filme, a química entre o actor e a sensual Eva Mendes funciona na perfeição. No restante, Mark Wahlberg não compromete mas também não se evidencia e Robert Duvall que é agora e sempre... Robert Duvall, grande entre grandes, contribuem para um muito agradável filme sobre os dramas da família, a guerra contra o tráfico de droga que continua longe de ser ganha e os conflitos que perturbam um grande amor entre um homem e uma mulher.


We Own the Night, de James Gray, com Joaquin Phoenix, Eva Mendes, Robert Duvall e Mark Wahlberg

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