domingo, 31 de outubro de 2010

Publicidade enganosa


 



A senhora dá-me o jornal e eu coloco-lhe na mão a moeda de um euro que corresponde ao pagamento. Senhora de si, já avó, simpática, bem disposta, sabe do meu gosto por filmes e informa-me que no dia anterior por apenas mais um euro podia ter levado também um DVD de um clássico do cinema. E sorri. Não lhe digo que já tenho em casa o DVD em questão, faço um compasso de espera enquanto processo dados em busca de uma resposta amável. Saiu-me apenas um ‘foi burrice minha’. ‘Ah, mas o senhor até tem ar de ser uma pessoa inteligente’. Devolvi-lhe o sorriso. Talvez fosse caso para ficar feliz com a apreciação. Mas não, se há coisa de que eu sempre senti repulsa foi de publicidade enganosa. E se de facto a senhora tem razão e eu aparento inteligência, é puro equívoco. E, claro, trata-se de um evidente caso de publicidade enganosa.



 

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