domingo, 31 de outubro de 2010

Física & Química

[A meditação, por Scarlett Johansson, uma conhecida filósofa de leitura obrigatória]



‘O homem não tem uma única e a mesma vida, tem várias, e essa é a sua miséria’. Pelo menos era a convicção de François-René Chateaubriand, escritor, ensaísta e diplomata francês. Esta é, obviamente, uma visão pessimista das supostas várias vidas que os homens e as mulheres possuem, mas é aceitável do ponto de vista de um homem que viveu no Séc. XVIII. Entretanto as sociedades evoluíram, nomeadamente as ocidentais, e estas vidas são possíveis sem que aconteçam de uma forma miserável como descrito pelo autor citado. Com o surgimento da possibilidade do divórcio, com a maior liberalização no mercado de trabalho e na infinita maior facilidade de circulação do ser humano nos espaços físicos e mentais, nos dias de hoje é possível que essas várias vidas se tornem numa só que se reinventa por acasos muitas vezes efémeros mas que provocam uma autêntica revolução no decurso das existências. Ou seja, tudo é muito mais real e verídico, basta querer, e desejo e senso comum não têm que colidir necessariamente.

Mas tudo isto para dizer o quê? Na verdade nem eu sei muito bem, o que comigo até não é de estranhar. Por exemplo, enquanto estudante nunca pensei que duas disciplinas viessem a ter tanta influência na vida moderna. A química e a física. Mas é muito bom que assim seja e a questão física é muito mais compensadora se também existir a componente química.



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